Sonhos de poeta

Ele me olha e sorri

Sobre tudo, não quer saber

Mas seus olhos descrevem poesias

Do humano que deseja ser

Menino cheio de sonhos

Querendo salvar o mundo

Faz-se alheio ao cotidiano

Porque navega mais ao fundo

Eu que já naveguei estes mares

Lanço a rede e deixo afundar

Pesco palavras e formo formas

Desse jeito singular que ele tem de amar

Não o alertarei sobre as tempestades

Tampouco o ensinarei a remar

A vida é tão breve e incerta

Quiça ele me ensinará a nadar

Para meu filho amado Nícolas, poeta dos dias, por vezes sem cor.

khayssa
Enviado por khayssa em 17/05/2018
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