Em algum lugar
Numa casa de taipa,
Mora um homem cheio de lembranças.
Do roçado ele vive,
Num tempo de poucas colheitas.
Tal como ele,
São muitos, muitos.
E naquela cidade,
O tempo não importa.
O tempo, esse velho impostor que insiste em oferecer aquele cálice tão amargo de beber.
A vida lhe é dura demais,
O que fazer?
Como mudar?
Pra onde ir?
Com quem falar?
E o tempo não desiste, insiste, insiste.