TEATRO DA VIDA
No garimpo das lembranças
Só encontrei luz no amor,
Meus olhos diminuíram o brilho
Meu coração perdeu o vigor.
É que a vida que arrebatava
Como flor, aos poucos murchou.
O tempo passou velozmente,
Numa corrida bem desigual
Enquanto estiveram presentes,
As forças que movem o astral,
A poesia jorrou abundante,
Como poço formando um caudal.
Mas quando chegou a hora
Do adeus na despedida
As luzes foram embora,
De uma inspiração combalida,
Encerrou-se o último ato
Deste majestoso teatro
Que nós chamamos de vida.