Sai de casa e esqueci de mim
Sai de casa e esqueci de mim
Das manias, do que esperava encontrar ou onde poderia parar
Ficou para trás documentos e dinheiro,
Me senti Caê e sua ausência de lenço e nada no bolso ou na mão.
Era quinto dia útil, mas a utilidade era rodas de canções
Já perdi a conta, de quantas vezes meu ouvido surdo
conseguiu captar a mensagem: só não esqueceu a cabeça, porque está presa no pescoço
Sai de casa e esqueci meus versos, nem pude me apresentar
Esqueci os chinelos e os meios de me comunicar
Mas não esqueci o presente instante, o como respirar, rir e olhar
Esqueci que não conhecia ninguém e nos cumprimentamos e
Conversamos por anos
O vinho não era bom, mas tentei acompanhar.
Assim como as conversas humanizadas
Entre risadas, dormir no sofá
Acordei numa cama e almocei na varanda
Uma moça de voz doce, me pediu para tentar cantar
Uma das versões alegres pardais
Eu voltei para casa, e não me encontrei lá.