Sai de casa e esqueci de mim

Sai de casa e esqueci de mim

Das manias, do que esperava encontrar ou onde poderia parar

Ficou para trás documentos e dinheiro,

Me senti Caê e sua ausência de lenço e nada no bolso ou na mão.

Era quinto dia útil, mas a utilidade era rodas de canções

Já perdi a conta, de quantas vezes meu ouvido surdo

conseguiu captar a mensagem: só não esqueceu a cabeça, porque está presa no pescoço

Sai de casa e esqueci meus versos, nem pude me apresentar

Esqueci os chinelos e os meios de me comunicar

Mas não esqueci o presente instante, o como respirar, rir e olhar

Esqueci que não conhecia ninguém e nos cumprimentamos e

Conversamos por anos

O vinho não era bom, mas tentei acompanhar.

Assim como as conversas humanizadas

Entre risadas, dormir no sofá

Acordei numa cama e almocei na varanda

Uma moça de voz doce, me pediu para tentar cantar

Uma das versões alegres pardais

Eu voltei para casa, e não me encontrei lá.

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 10/04/2018
Reeditado em 10/04/2018
Código do texto: T6304298
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