Nero Quo vadis?
Queimar matar sempre mais um pouco
Tudo que contraria esse amor oco
que faz descrer nas rosas de novo
sem horizonte belo e nada que seja do povo
Ainda na mesma prosa
compor uma ode que ficará para a História
guardada na memória com escárnio e mal dizer
por tanto almejo em ser pomposa
O medo todos tinham
muitos não fugiram ou se renderam
de um seguimento de retas sinuosas que não adivinham
pelo mesmo caminho muitos se prenderam
O que Nero fez em Roma
ainda é feito todo dia
O circo enchendo o povo de alegria
O pão para cegar o que lhes toma
Pão e circo
Cerveja e Futebol
Nero é lembrado, comparado criticado e admirado
Nesse imenso circo imersos estamos
sem saber para onde vamos
encontramos um “furo no futuro por onde o passadocomeça a jorrar…”
Velho Raulzinho não estava errado
Que coisa louca…
Estamos hoje “avançados”
Sem evoluir pois, a maldade não é pouca…
Quo Vadis?
Para onde iremos todos?
Atolados numa fossa
regressando em merda exposta
destino de quem ama os lodos
Lobos, ursos e leões
famintos pelos analfabetos políticos
Ébrios aos delírios, em cada gol as emoções
Abrindo a cabeça de alguém na arquibancada
muita pancada, pouco Pão e muito circo
Sem nenhuma diversão
Nero conseguiu…
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