POSTUMUS
A cena é por demais tocante
A neta arquejante e o avô moribundo
O corpo acamado da matéria orbitante
Eis que tudo se desfalece silencio profundo...
As lágrimas percorrem estradas vicinais
No musgo da memória amalgamada saudade
Na longa fila o fúnebre cortejo velas e castiçais
Eis que tudo se encontra em prazo de validade
O cortejo andando pra frente vagaroso rio
Na louca viagem do que ficou para trás
O mistério das palavras, o cio ocioso do silencio
Palavras de consolo palpitam irrisórias
A verdade repartida, inconsolável, jaz...
O que ficou pra se contar se não histórias.