Quero A Liberdade
Não quero ser mais um número, não quero mais ser apontado,
Não quero mais ser parte de uma cota, não quero mais estar nas calçadas.
Quero que a favela mude seu pensamento!
Chega de jovens soldados do tráfico, poucos estudam e formam família!
Quero a liberdade, não a Lei Aurea!
Não quero ser subjugado, pelo o Estado um condenado, excluído da sociedade:
Não sou perigoso, fui descartado...
Em entrevistas de emprego marginalizam meu cabelo e logo me negam
Sem saber que sou capaz...
Se eu entro em uma loja, olhos me vigiam a cada canto
Eu não me espanto com tal maltrato.
Luto pelos meus filhos, suo muito pelo pão
E vem a polícia com abordagem maligna
Já me olha querendo uma vítima, mais um para ser retirado dessa vida,
Me batem e algemam não posso reclamar!
Não! Não deixe que suas convicções venham serem tingidas:
Por conta de uma tão coisa atroz!
O racismo é tão demodê e traça por nossos caminhos!
Se o racismo é crime por quê nós que somos penalizados?
Carlos Atelson, 20/03/18