Uma conversa a dois abstrata(mente) em minha História
Acaso tenho eu qualquer obrigação em me explicar?
Você me investiga e me observa, me questiona
como lhe devesse algo. Assim, me tensiona
para responder a você o que seu íntimo [re]quer?
De jeito algum, colega! A ti nada lhe ofereço
salvo minha face que, oculta, não tornará a virar
nem por um momento. Enquanto me despeço,
qual o motivo de você - aqui - comparecer?
Questionamentos, tudo bem. E o motivo?
Já não lhe disse que não há o que retomar?
Não ficou suficientemente claro que convivo
unicamente com quem me faz bem?
Entenda, não lhe quero mal. Houve um erro
de comunicação, de insistência, de ausência.
Voltemos nossos olhos à nossa consciência
de que não há, em qualquer um, o mesmo aferro.
A vida é tão grande e há tanta coisa a viver por aí...