Uma conversa a dois abstrata(mente) em minha História

Acaso tenho eu qualquer obrigação em me explicar?

Você me investiga e me observa, me questiona

como lhe devesse algo. Assim, me tensiona

para responder a você o que seu íntimo [re]quer?

De jeito algum, colega! A ti nada lhe ofereço

salvo minha face que, oculta, não tornará a virar

nem por um momento. Enquanto me despeço,

qual o motivo de você - aqui - comparecer?

Questionamentos, tudo bem. E o motivo?

Já não lhe disse que não há o que retomar?

Não ficou suficientemente claro que convivo

unicamente com quem me faz bem?

Entenda, não lhe quero mal. Houve um erro

de comunicação, de insistência, de ausência.

Voltemos nossos olhos à nossa consciência

de que não há, em qualquer um, o mesmo aferro.

A vida é tão grande e há tanta coisa a viver por aí...

ALIVAVILA
Enviado por ALIVAVILA em 21/03/2018
Código do texto: T6286063
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