O NOSSO CARNAVAL

O metralha

Um canalha corrupto

Sempre se dava de esperto

Mas após ser descoberto

Num último ato estúpido

Roubou a si próprio

Tirando a sua própria vida

Findando a história temerária

Alegrando o pobre povo

E o dono da funerária

É a polpa, é o povo

É a bunda, é banda

Que inunda a cidade

É a cultura que desce a ladeira

É o que merecemos

É o político roubando

É a nossa mediocridade

Queria ouvi

Um pot-pourri de belas músicas

E ouvi a linda canção de Jauperi

No carnaval vi coisas que não quis

Queria ter visto o que ninguém viu

A cara desbotada do prefeito infeliz

Que fugiu para a Escandinávia

Para comer escargot com seus canalhas

Enquanto isso...

Sob as bênçãos e o olhar de Cristo

Pobres diabos e suas almas

Morrem enlameados ao pé do morro

Socorro!

O povo não aquenta mais isso...

É a polpa, é o povo

É a bunda, é a banda

E o povo é a polpa

A dançar na cidade

É a polpa da bunda

É a bala perdida

Que tiro foi esse?

Rosalvo Abreu
Enviado por Rosalvo Abreu em 18/02/2018
Reeditado em 18/02/2018
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