O NOSSO CARNAVAL
O metralha
Um canalha corrupto
Sempre se dava de esperto
Mas após ser descoberto
Num último ato estúpido
Roubou a si próprio
Tirando a sua própria vida
Findando a história temerária
Alegrando o pobre povo
E o dono da funerária
É a polpa, é o povo
É a bunda, é banda
Que inunda a cidade
É a cultura que desce a ladeira
É o que merecemos
É o político roubando
É a nossa mediocridade
Queria ouvi
Um pot-pourri de belas músicas
E ouvi a linda canção de Jauperi
No carnaval vi coisas que não quis
Queria ter visto o que ninguém viu
A cara desbotada do prefeito infeliz
Que fugiu para a Escandinávia
Para comer escargot com seus canalhas
Enquanto isso...
Sob as bênçãos e o olhar de Cristo
Pobres diabos e suas almas
Morrem enlameados ao pé do morro
Socorro!
O povo não aquenta mais isso...
É a polpa, é o povo
É a bunda, é a banda
E o povo é a polpa
A dançar na cidade
É a polpa da bunda
É a bala perdida
Que tiro foi esse?