Felicidade vai e vem
Haja urgência!
Estava finda
A adolescência
Queria-se bem,
Ah,
Felicidade vai e vem.
O que queres, meu olhar?
O que, em silêncio,
Sonhas cantar?
O que queres, eu?
Sigo em frente à imensidão do tempo
Tortuosa, a estrada
Tortuoso, o vento
E a certeza de que vivi, ali
Que me vi
E, súbito
Me perdi
Ainda cansada,
Fito a jornada
Ah, a vida passara
E eu vencera
O olhar cansado
o semblante perdido
Fugido
Morto em algum dos espelhos
Que, em vão, levei comigo
De mãos vazias
O desvão era o que restara
Junto à insônia,
Algumas cartas
Palavras.
Mas de que adiantam, palavras?
Frágeis representações que fulguram o céu
Sincero véu
Fugido, ao infinito
Era nobre,
Findo.
Na prateleira em questão,
Num canto qualquer
Do meu coração
Restava a resposta
Única e sólida
Um sopro de vida,
O encontro marcado
A insustentável leveza
E qualquer palavra que trouxesse
Vida.
Ida.
Perdia-se,lentamente
A vida.
Que ia
E sumia
Metaforseada nos olhos da menina
Que crescia
E lia,
Mas, ora essa,
de nada sabia!