Lutas e mais lutas
Espero que seus olhos
Encham-se de esperança
Quando lembrares
Daquele beijo
Que tu não desistas
Quando a vida comprimires
Teus ombros
Com a força de cem mil quilos
Quero que faça festa e deixe-se enxarcar
Pela chuva dos dias frios
De inverno rigoroso
Que há anos habita sua alma
Desejo sinceros pesares
Pelas palavras profanas e suicidas
Que saltaram boca à fora
E fizeram morada em tantos peitos
Em teus dias cinza
Sugiro um porre,
Uma boa transa
Ou brigas inesquecíveis
Que tenhas em sua prateleira auditiva
Lembranças daquela velha canção
Feita por um antigo e demoníaco cantor
Da região leste de São Paulo
Mas nunca desista
De tuas lutas
Há alguém disposto
A aplaudi-lo (ou não).
Dario Vasconcelos