Dia 31, sobre Desfechos (II)— Os 31 dias de escrita sobre nós (?)

No final de tudo,

indago se o resultado era o merecido,

embora saiba que foi o único possível.

É como se o amor dado por mim não valesse nada,

tivesse mínima ou nenhuma importância.

Eu te amo, mas converterei esse amor para comigo mesmo.

Eu vou me amar.

Chegou no basta,

porque não mereço isso,

porque você não merece nenhuma das lágrimas

que eu derramei nessa história toda

e principalmente ontem,

naquela foto,

sabendo que o status é seu,

mas doeu,

lá fundo,

doeu muito ver que,

aqui na minha cama,

tu reclamava de uma série de absurdos

que vivências nessa relação,

colocar toda uma insatisfação

e depois vir "De sempre " .

Não! Eu não mereço derramar lágrimas e sofrer.

E se está assim é porque você é igualzinho a ele,

e se merecem em cada vírgula e ponto.

No final o que vale mesmo é o ego,

o físico, o desprezo,

e o pacote completo que vem junto.

Sim, vocês se merecem!

Vou te pedir pro bem de outras pessoas

que tu pares de usar os outros

na hora que precisar suportar essa tua relação.

Isso não se faz,

isso não é coisa de gente descente.

Raiva de você? Não!

Porque o otário aqui fui eu.

A raiva é de mim mesmo

por ter me deixado ser idiota

e ter me deixado render

por três passadas de mão na cabeça,

100g de palavras

e alguns beijos camuflados de sentimento.

Negar o que eu sinto por ti,

também não nego,

porque sou verdadeiro comigo mesmo.

Negar que amanhã se tu me mandar msg

pedindo pra conversar

e eu dizer que vou,

eu não nego,

porque iria sim.

Mas, por hoje basta.

Chega de ter minhas mensagens

e minha presença

tratadas com indiferença,

que foi o que aconteceu.

Eu todo preocupado contigo

e tu não ter tido tempo

para responder uma mensagem

sinalizando que estava bem,

isso não existe.

Isso é escolher desprezar os outros.

Você tem meus contatos,

sabe o lugar da minha casa

e temos amigos em comum,

então tem os caminhos pra me procurar

quando precisar.

Não vou mais procurar

e mendigar amor que não é meu,

presença que não quer se fazer presente

por medo...

Eu encerro aqui, essa parte...