A casa é nova
Os sonhos são velhos
A rotina é nova
Mas o amor esconde-se
Num baú antigo.
O baú está ali
Não ouso abri-lo
O silêncio o protege.
Nada de mágoas, tristezas
Tudo .. educadamente formal
Como café morno
Servido em fina porcelana.
Somos mas não estamos
E ,juntos não sentimos
Mais falta do que nos falta.
Nosso pacto de desinteresse
Está selado com o presente
Que teima fechar o passado
Sem preocupação com o futuro
Somos o agora ...
Morno e cordial.