
NA PONTA DOS DEDOS
Recolhendo nota a nota mansamente,
Cada som que sai da alma.
Tudo é calmo como é calma sua mente.
Nada tira sua calma.
Violão um instrumento tão dolente.
É tangido em maestria.
Quando nasce ou quando dorme o sol poente.
Traz a luz e a magia.
Cada verso vai compondo a canção.
Sem vã mágoa ou vã dor.
Estribilho exalando coração
No compasso e a cor.
Tem os olhos sempre postos em oração.
Aspirando versos em flor.
Primavera, inverno ou no verão.
Num concerto de amor.
Regina Madeira
"imagem do Google"
Para o quadro O VIOLONISTA CEGO - Pablo Picasso. A presente obra fez parte de uma Antologia Virtual.
