Trabalho noturno
Já combalido e quase vencido
Contemplando inerte a morosa partida
Do torpor zumbificante de mais uma noite
E a chegada do raiar de mais um dia.
Cercado pela concretude da inanimação
Que desperta e fomenta grande expectação.
Expectação do alcance da liberdade
Dessa necessária e inevitável prisão.
Quantas vezes mais necessário será,
Circular pendularmente o tempo
Em ponteiros, que apesar de móbeis,
parecem não avançar?
Tempo, tempo indômito!
Que arrebata tão vorazmente
dias, meses e anos;
Mas parece se submeter tão passivamente,
a minutos e horas no entanto.
Por Andre Oliveira O.
Juiz de Fora.