Trabalho noturno

Já combalido e quase vencido

Contemplando inerte a morosa partida

Do torpor zumbificante de mais uma noite

E a chegada do raiar de mais um dia.

Cercado pela concretude da inanimação

Que desperta e fomenta grande expectação.

Expectação do alcance da liberdade

Dessa necessária e inevitável prisão.

Quantas vezes mais necessário será,

Circular pendularmente o tempo

Em ponteiros, que apesar de móbeis,

parecem não avançar?

Tempo, tempo indômito!

Que arrebata tão vorazmente

dias, meses e anos;

Mas parece se submeter tão passivamente,

a minutos e horas no entanto.

Por Andre Oliveira O.

Juiz de Fora.

André Oliveira O
Enviado por André Oliveira O em 16/10/2017
Reeditado em 08/10/2019
Código do texto: T6143755
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