Escárnio

Das praças e dos becos

Nas noites movimentadas

Dos amores escondidos

Na informalidade das madrugadas

Sou pecado, desassossego

Objeto dos que não sabem amar

Material descartável

Da hipocrisia do seu lar

Durante o dia não me vês

Só na escuridão me enxergas

Sob a luz sou vergonha

Insanidade desta terra

Queira ser o que sou por um segundo

E terás razões para me respeitar

Verás que não és ninguém

Além do que tentas representar.

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