À HORA DA SESTA É O MOMENTO DE SONHAR
... segunda-feira
charmosa, sonolenta, preguiçosa com
pouca inspiração, de que vale a
intenção?
Pego um verso aqui,
outro alí, junto e componho uma poesia
sem graça - o que se passa
lá na praça?
O coreto das
crianças do orfanato, apresentando um
lindo madrigal, e a lavandeira
cantarola no quintal!
A moça de trança,
em seu vestido bordado e com laços de fita,
acena para o maquinista que solta-lhe beijos,
do trem das onze.
O apito da fábrica de violinos
toca o meio-dia e a cidade fecha as portas;
(à hora da sesta é o momento de sonhar!)