ABANDONO URBANO
Visito todos os anos
Aquela franquina cidade
Que me acolhe nos panos
Das meninas de verdade.
Fosse só o risco
Daquele fuxico,
Não me preocuparia
E, quiçá, até sorriria...
Fosse um abandono,
Na zona rural,
Seria menos perigoso
Durante nosso regozijo,
Durante nosso sorriso.
Então, nas visitas de cada ano,
O meu abandono urbano
Deixa três abandonados...
Três amores condenados,
Três corações aprisionados.
(poesia constante à pág. 66 do livro "PoESIA & Pó, com 112 poesias, publicado em 2004,C Editora Kelps de Goiânia/GO, Copyrigth c 2004 by Angelly Bernardo de Sousa, B521, CDU 821.134.3(811.7)-1)