Rotina

Outra vez
Já é rotina!

Eu deveria saber
Que o sono fugiria,
Esconder-se-ia
Na madrugada fria.

Aquecida pelos cobertores
Viro e reviro na cama
Aperto os olhos
Para não ver a escuridão
Que ronda o quarto,
Quebrada, apenas,
Pelo clarão dos relâmpagos
Infiltrando-se
Pelas frestas da persiana.

São esses momentos
De medo e de solidão,
Que fazem transbordar
De meu íntimo
A velha inspiração
Que lateja em meu interior
Transformando
Isso tudo em poesia,
Que guardo num cantinho da mente
Até o dia acordar
E o sono envergonhado voltar
Embalar-me em seus braços,
Implorando por perdão,
Por se atrever a me abandonar.
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 23/07/2017
Reeditado em 11/09/2017
Código do texto: T6062522
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