Rotina
Outra vez
Já é rotina!
Eu deveria saber
Que o sono fugiria,
Esconder-se-ia
Na madrugada fria.
Aquecida pelos cobertores
Viro e reviro na cama
Aperto os olhos
Para não ver a escuridão
Que ronda o quarto,
Quebrada, apenas,
Pelo clarão dos relâmpagos
Infiltrando-se
Pelas frestas da persiana.
São esses momentos
De medo e de solidão,
Que fazem transbordar
De meu íntimo
A velha inspiração
Que lateja em meu interior
Transformando
Isso tudo em poesia,
Que guardo num cantinho da mente
Até o dia acordar
E o sono envergonhado voltar
Embalar-me em seus braços,
Implorando por perdão,
Por se atrever a me abandonar.
Outra vez
Já é rotina!
Eu deveria saber
Que o sono fugiria,
Esconder-se-ia
Na madrugada fria.
Aquecida pelos cobertores
Viro e reviro na cama
Aperto os olhos
Para não ver a escuridão
Que ronda o quarto,
Quebrada, apenas,
Pelo clarão dos relâmpagos
Infiltrando-se
Pelas frestas da persiana.
São esses momentos
De medo e de solidão,
Que fazem transbordar
De meu íntimo
A velha inspiração
Que lateja em meu interior
Transformando
Isso tudo em poesia,
Que guardo num cantinho da mente
Até o dia acordar
E o sono envergonhado voltar
Embalar-me em seus braços,
Implorando por perdão,
Por se atrever a me abandonar.