SIGO

A cólera que corrói
O amor perdido com o fim do verão
Tudo isso não basta
Para que eu passe o bastão
 
A cólica que arruína
A dor que monta barraca
Tudo isso ainda é pouco
Para me deixar louco
Eu sigo são
 
A cortesia falsa da burguesia
A idolatria pelo vazio
Nada disso adianta
Para acalentar meu coração
Eu sigo santo
Dentro do meu conceito de religião
Eu sigo sangrando





 
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 15/07/2017
Código do texto: T6055398
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.