ANTES DO XEQUE-MATE

Uma carta escrita no escuro
Um grito
Eu finjo que construo o futuro
E mijo no muro da minha casa
 
Uma cartada na jogada final
Uma cagada
Na hora de fechar com chave de ouro
Na hora de ouvir a razão
 
Eu finjo que construo o futuro
Eu fujo pelo furo na parede
Eu sei que nem toda sede se sacia
Eu sei que a agonia dói mais que água fria
 
Mas eu sigo embaralhando-me pela vida
Na esperança de tirar a sorte grande
Mas por mais que a fila ande
Nunca chega a minha vez
 
Só me resta uma carta agora
Só me resta jogar fora a última chance
Só me resta um último lance
Antes de xeque-mate fatal

 
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 03/07/2017
Reeditado em 03/07/2017
Código do texto: T6044852
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