ROSTO
Um rosto na janela
Olhando-me atenta.
Não sei quem era.
Se era bonita ou se era feia.
Sei que o rosto me olhava
Querendo retrair devagar.
O vento soprava suave,
Mas ela segura a janela.
Olhava-me a todo instante,
Nem piscava, nem dizia nada.
O que queria comigo, não sei.
O sinal abriu e parti.
Olhei para trás e rosto ainda me olhava.
Não sei quem era,
Não sei o que queria, mas o rosto me olhava.