ALGO RAZOÁVEL
 
Eu que caminho por rotas incertas
Vou chegar
Após passar por algumas pernas abertas
E encontrar
Água em paisagens tão desertas
E descartar
A sonoridade de tantos alertas
 
Eu que rondo pela noite escura
Priorizo
No ápice da minha loucura
O paraíso
Dentro da ferida que não tem cura
Sou preciso
No objetivo da minha procura
 
Eu que trilho pelo inexplicável
Me aplico
E finjo que sou algo razoável
Por isso fico
Entre o infinito e o descartável
Descomplico
A vida e sigo ora amargo, ora amável

 
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 15/06/2017
Código do texto: T6028095
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