Máquina de lavar roupa

Tecidos secos entram

Nessa doce festa

E recebem o glíter azul

Brilhando suas testas.

A água com seu almejar

Também deseja entrar

E sem mostrar sua identidade

A festa toda ela invade.

Todos se molham

E muitas bolhas se formam

Encharcados todos dançam

Entre as espumas sambam.

A água muito enjoada

Desisti logo dessa parada

E com ela leva as bolhas

Abandonando as roupas.

Um líquido cheiroso

Muito meigo e tímido

Deseja entrar na farra

Mas só não quer entrar.

A água companheira

Leva ele para participar

Dessa doce festa ligeira

Que ele vai ter que bailar.

Pouco a pouco ele conhece

Todos que estão lá.

Sem saber que daqui a pouco

Um adeus terá que falar.

A água muito cansada

Leva ele para sua casa.

E novamente eles ficam

Sem convidados naquele lugar.

Eles ainda animados

Começam a girar.

Giram, giram loucamente

Até tudo parar.

Todos muitos exaustos

Só esperam escutar

O apito final do jogo

Para poderem se secar.

Anderson Nakai
Enviado por Anderson Nakai em 07/06/2017
Código do texto: T6021456
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