Máquina de lavar roupa
Tecidos secos entram
Nessa doce festa
E recebem o glíter azul
Brilhando suas testas.
A água com seu almejar
Também deseja entrar
E sem mostrar sua identidade
A festa toda ela invade.
Todos se molham
E muitas bolhas se formam
Encharcados todos dançam
Entre as espumas sambam.
A água muito enjoada
Desisti logo dessa parada
E com ela leva as bolhas
Abandonando as roupas.
Um líquido cheiroso
Muito meigo e tímido
Deseja entrar na farra
Mas só não quer entrar.
A água companheira
Leva ele para participar
Dessa doce festa ligeira
Que ele vai ter que bailar.
Pouco a pouco ele conhece
Todos que estão lá.
Sem saber que daqui a pouco
Um adeus terá que falar.
A água muito cansada
Leva ele para sua casa.
E novamente eles ficam
Sem convidados naquele lugar.
Eles ainda animados
Começam a girar.
Giram, giram loucamente
Até tudo parar.
Todos muitos exaustos
Só esperam escutar
O apito final do jogo
Para poderem se secar.