LÁGRIMAS QUE CAEM
Tem tudo exatamente planejado para ser
Tal qual já existiu no passado
Como fosse a última gota d’água
Despencando da cachoeira
De lágrimas que caem
Perdidamente olhando as estrelas
Que brilham mais uma vez...
Olho aquele sorriso
Estampado no rosto
Que me olha longamente
Como eu fosse uma estátua
Parada no canto da praça
Cheia de flores, árvores.
Eu sendo também um vento belo que sopra os cabelos
De alguém que já não tem
Tanto orgulho de ser o que ora é.
Mas quase tudo está planejado
E eu tenho que vir a ser
O que não fui e nem sou
Nesse mundo cheio de palavras
Malucas quase sem nexo,
Porém, cheias de dotes.
E os capotes em frases curtas e longas
Como a vida deve ser em dias ensolarados
Ou mesmo no amanhecer.
Araguaína - TO, 2006.