LÁGRIMAS QUE CAEM

Tem tudo exatamente planejado para ser

Tal qual já existiu no passado

Como fosse a última gota d’água

Despencando da cachoeira

De lágrimas que caem

Perdidamente olhando as estrelas

Que brilham mais uma vez...

Olho aquele sorriso

Estampado no rosto

Que me olha longamente

Como eu fosse uma estátua

Parada no canto da praça

Cheia de flores, árvores.

Eu sendo também um vento belo que sopra os cabelos

De alguém que já não tem

Tanto orgulho de ser o que ora é.

Mas quase tudo está planejado

E eu tenho que vir a ser

O que não fui e nem sou

Nesse mundo cheio de palavras

Malucas quase sem nexo,

Porém, cheias de dotes.

E os capotes em frases curtas e longas

Como a vida deve ser em dias ensolarados

Ou mesmo no amanhecer.

Araguaína - TO, 2006.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 23/05/2017
Código do texto: T6007441
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.