Escola
Quatro paredes, uma porta.
Três janelas.
Pessoas.
(Ainda não...)
Uma pequena sociedade
em completa desunião.
Animais.
Enjaulados e doutrinados.
Um guia,
um mentor,
um senhor,
meritocratas,
sociopatas.
Hora pra comer,
hora pra brincar,
hora pra estudar.
Não sabemos ler.
Quando podemos respirar?
Fora daqui,
ainda estamos presos.
Temos obrigações,
não temos escolhas.
Um quadro em branco,
palavras idiotas em vão.
Um menino
com um caderno e uma caneta
olhando tudo,
percebendo
e criticando tudo ao seu redor.
Ele escreve,
rabisca e desabafa.
A escrita é sua terapia,
assim como drogas e cafeína.
Ele queria acabar com o sistema,
mas sente-se preso a ele,
tem uma dívida que ele sabe
que nunca pagará.