Escola

Quatro paredes, uma porta.

Três janelas.

Pessoas.

(Ainda não...)

Uma pequena sociedade

em completa desunião.

Animais.

Enjaulados e doutrinados.

Um guia,

um mentor,

um senhor,

meritocratas,

sociopatas.

Hora pra comer,

hora pra brincar,

hora pra estudar.

Não sabemos ler.

Quando podemos respirar?

Fora daqui,

ainda estamos presos.

Temos obrigações,

não temos escolhas.

Um quadro em branco,

palavras idiotas em vão.

Um menino

com um caderno e uma caneta

olhando tudo,

percebendo

e criticando tudo ao seu redor.

Ele escreve,

rabisca e desabafa.

A escrita é sua terapia,

assim como drogas e cafeína.

Ele queria acabar com o sistema,

mas sente-se preso a ele,

tem uma dívida que ele sabe

que nunca pagará.

Marquês de Verona
Enviado por Marquês de Verona em 11/05/2017
Código do texto: T5996286
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