ROTINA
 
O canto do galo rasgou o som naquela manhã
E toda visão estava dormente, desanimada
Eu não queria ver o resto da vida acordando
Eu não queria ver além de mim, mais nada.
Mas de onde surgira aquele carneiro
Na minha paisagem mastigando a grama
E aqueles cocos verdes agarrados no coqueiro
Acordando a visão sem ser  escolha minha
Barulhos  e  bichos convivem no meu momento
Um raio de sol espalhado, pousando em tudo
Interferindo na página de meu pensamento
A natureza sem intercessão de  minha vontade
Um grito de menino também soa ao longe
Agora um som de TV,  uma buzina de caminhão 
Quero me isolar do mundo como um monge
Não quero a rotina da vida na minha emoção
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 10/04/2017
Reeditado em 10/04/2017
Código do texto: T5966605
Classificação de conteúdo: seguro