Moleque de Rua
Nasci como toda criança, nua!
enterrado na pobreza
não aprendi a admirar a lua.
Em minha casa,muitas bocas
falta pão,carne,leite
minha mãe, fica louca.
Crescendo,doendo doido
eu fui
dos velhos ganhando ódio.
Mãe,eu um cão que uiva
na vizinhança,uma mina
mina que fascina,ah mina ruiva.
Que vivia no mundo da lua
maninha pirava com ela
mas perdi a cabeça,e com ela fui pra rua.
Como cães sem donos
rolávamos e sobrevivíamos
ao leu no maior abandono.
Abandono de tudo
loucos desvairados
a perambular pelo mundo.
Hoje,com ou sem lua
eu e ela,ela e eu
mas livres. Sou um moleque de rua.