Na aridez da estrada ao norte
De um céu azul, doído e forte
Carros, caminhões e seus destinos
No asfalto a morte quase ardia.
Na beira do caminho, um menino
Cuja sorte aos poucos derretia
Pés descalços, sem camisa
Pele curtida, esmaecida
Fazendo a sua travessia
Mato ralo, pouco verde.
Uma árvore retorcida
Embaixo dela,
A esperança
Um sopro de vida:
Uma flor!