parque

sentado num banco sem escosto

Carlos não sabia ao certo

o que estava fazendo.

olhava as próprias mãos

e depois o céu,

sorria pro cão que farejava

pois havia areia em seu focinho

mas continuava sem entender.

o banco era quase áspero

e a dona do cão possuía uma feição agradável

mas a flor na beira da calçada era amarela

e esta é a cor favorita de Carlos.

de toda forma ele realmente não entendia

"por que as nuvens estão indo

tão depressa?"

"talvez o vento seja um sujeito sem muitos desejos

ou ele quem rege nossa vida

sem que saibamos

pois para cada dente-de-leão

que já assoprei,

ele fez milhares de vezes mais"

ele se indagava

e continuava sem entender

nada.

Carlos Cortêz
Enviado por Carlos Cortêz em 02/03/2017
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