Seta

Parada, quase inerte

Silenciosa, diz quando e o quê

Com uma simples nuance de cor.

Não manda,

Auxilia os que passam

E olham para ela.

Diz aonde ir, sem poder ir

Mas vai, na mente dos que passam

Por um instante e já não mais

Até que avistem outra e fixem nesta.

Embora sempre a mesma

Muda o tempo todo

E assim existe

Assim se gasta

Assim conflui

Descaoniza o que seria

Sem ela.

Porque não falar

De coisas assim

Simples e direta

A maneira como vejo a vida

É que me faz poeta

Por assim dizer

Por assim ver

Por assim viver.

Wander Sas
Enviado por Wander Sas em 13/02/2017
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