A saideira
Doses diárias de desamor
Para o equilíbrio emocional
Destilação de sentimentos e apatia
Nunca foi tão natural
A saideira, por favor!
E lá se vai mais uma pra conta
Conta essa preenchida
De vazio interior
Cambaleia em seus pensamentos
Rodopia em seu ego
Tombando em orgulho
Se debruça no desafeto
Sai no bloco do eu sozinho
Capricha na fantasia mais atual
Veste a máscara da perfeição
Enganando seu racional
E é nesse toma lá da cá
Que deve ser apreciado
Quem se embriaga no teu eu
E amanhece do teu lado
Quem te oferece ombro, colo e morada
Te curando das ressacas diárias
Que a vida tende a proporcionar.