Itinerantes Da Estação

Um poeta consagrado
Por todos admirados,
O que faria ali sentado
No banco da estação.

Viajo todos os dias
Minha vida é agitada,
Sempre o vejo ali sentado
Do mundo tão isolado
Qual será sua intenção.

O dia está clareando
Já cheguei na estação,
Novamente vejo o homem
Com lápis e papel na mão.

A curiosidade floresce
Neste dia que amanhece,
Mas não devo nada a ninguém
O poeta é gente do bem.

A pergunta é direta
Satisfaça um curioso,
O que faz perder tanto tempo
Um homem tão talentoso.

Este banco que escolhi
Eu tenho a melhor visão,
Ja esperava a muitos dias
O seu aperto de mão.

Estou aqui pesquisando
O movimento da estação,
O corre corre, a euforia
A labuta do ganha pão.

Acordo de madrugada
Do trem eu ouço a largada
E caminho pra estação,
Vou direto pro meu banco
Onde é o meu recanto
Onde tenho a visão.

La eu vejo muita gente
Que parte triste ou contente
Me inspiro conforme a expressão,
Rabiscando meu caderno
Tenho muita informação,
Assim vou fazendo o meu livro
ITINERANTES DA ESTAÇÃO...
 
João Luis de Oliveira
Enviado por João Luis de Oliveira em 26/01/2017
Reeditado em 16/01/2018
Código do texto: T5893897
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