Madrugada fria, chuvosa, silenciosa!
Na madrugada quando estou a poetar
E todas as canções do mundo já pararam de tocar
Os casais já pararam de se amar
Eu ainda estou aqui sem poder silenciar
Na madrugada quando o meu coração está ardente
E o silêncio do mundo já se fez presente
Palavras saem quentes e pungentes
De uma alma e de um coração de amor carente
A madrugada quando a chuva incessante teima em cair
Um livro, uma taça de vinho e um soneto para me distrair
As horas são mágicas pensando no amor que teima me atrair
Há o frio que sinto, mas sei que o amor está para surgir
E as horas da madrugada passam depressa demais
Queria eu estagna-la para não passar jamais
Porque é nela que os amantes se amam muito mais
E foi nela que prometemos um amor sem finais