Paisagem na janela II

Aprisionada as minhas lembranças

Lavo a alma na mesma praça

Já não há lágrimas

É só a chuva que

meu olhar embaça

Sinto o tempo da ansiedade

esvaziando os meus ossos

uma sede insaciável de te ver logo

parece que vou ter um troço

ARDE

Meus olhos são essa fumaça salgada

que emoldura a liberdade

do nome da praça

nessa chuvosa tarde

E chove fino

chove morno

chove grosso

Tráfego, buzina, barulho

no semáforo

os sorrisos abrem se ao anonimato

Já não chove quando te vejo chegar

teu sorriso tão branco

chega brilhar

sob o guarda chuva tão negro

tento me explicar

mas acho que falo grego

minhas palavras alçam vôo

(cego)

Cê já não pode alcançar....

Bárbara luiza Magalhães
Enviado por Bárbara luiza Magalhães em 06/01/2017
Reeditado em 23/07/2017
Código do texto: T5873444
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