O Trenzão
O trenzão que passa
Debaixo da terra
Vai levando o povão
Vai levando a galera.
Eu, com um medão
Fico no meu cantinho
Fazendo uma oração
Para o meu santinho.
Deus do céu me ajuda
Deus do céu me acuda
Me tira daqui
Me tira dessa confusão.
Eu não sei de onde vim
Eu não sei onde vou
Fiquei tão nervosa
Que a cabeça girou
E eu nunca andei
Nesse tal de metrô.
Lá na minha terra
O trem não é assim
Lá na minha terra
A serra, o trem rasga
E é um trem bão.
E esse trem daqui
É um baita de um bicho
É um minhocão !
Poesia de guardanapo, que saiu de um bate papo, com amigas de um grupo em confraternização de festa de final de ano.
Perguntaram-me se eu nada havia escrito sobre o meu medo de sandar de metrô. E assim, saiu os versos que aqui estão.
Por: Maria Lamanna
Rio Preto - MG