ECLIPSE

No lançar dos dedos sobre as folhas insalubres da vida

Jorro inconstâncias desajeitadamente

Dentro da mente, vozes berrantes exitam

Quando os impulsos, debatendo-se sem cessar

(atomicamente enérgicos)

Trancafiam-se em algum lugar dentro

Sem dizer a quem vem ou porquê

Letras esbarram-se em frenesi

Buscam composições temporárias

Das infindáveis memórias psicomotoras

De cada poro, um olho orbitando à 360 graus

Lá fora é sol, cá dentro sombra

Todos os dias tenho a sensação de presenciar

Infinitos seres a eclipsar