AGORA VOU, SÉRIO, MISTÉRIO É A FLOR DO CEMITÉRIO
Donde foi-se opaca amargurada e calma e achatada alma que amarga uma salada?
Queria acordar mais cedo
Concedo amanhecer de enredo
Antes de tudo estar claro
Raro como da lua o halo
Um anel incomum
Do brilho de Ogum
Da noite da espada
Calada calma esmeralda
Doce noite quente primavera
Gera chuva abafada espera
Chuva passa me vou nessa
Pressa naquela xícara expressa
Sem pressa pois tá quente
Ardente de fumaça e de gente
Numa noite relembro o dia
Correria tropeço agonia
Igreja toca sino deu a hora
Embora me vou sem demora
Ora ora na igreja o cão ora
Hora de cão que também chora
Lágrimas de espera e logo late
Bate a saudade do dono e rebate
No meu portão pede abrigo
"Amigo me tire desse perigo"
Mas é claro querido está chovendo
Querendo ou não estou te vendo
Entre que água pego pra você
Porque agradece? Não há de que
Agora vou e ja sinto sua falta
Exalta teu ânimo pula e salta
Cãozinho a ti sou parecido
Perdido como versos esquecido
Agora vou mesmo e é sério
Mistério é a flor do cemitério
Normal é dia igual de anjo
Arranjo é dia sem ponto final