CACHORRO DE OSSO

No canil d’aquela casa velha

Tinha corrente e um cachorro

Cadeado portão e porta amarela

Também tinha uma toca oca

Que um tatu passava por ela.

Tinha lá, um cachorro de osso

Que todo dia comia um osso...

Insosso, em sua hora de almoço.

Um dia os ossos acabaram

E esse cachorro ainda moço

Ficou triste de desgosto

Sem ter osso pra seu gosto.

O osso do rabo mordeu

E o da mão com fome roeu

Depois, engoliu o osso do pé

E foi terminando todos os ossos

Até não ficar mais de pé.

Acabou-se o cachorro e ossos

Ficou no terreiro um poço

Que secou no mês de agosto.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 12/10/2016
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