A ILUSÃO
Eu vejo a fome rindo para calada dor
a ganância fazendo da miséria o enfoque
a tristeza chorando pelo prometido amor
o inocente sendo pelo arco atirado
para morrer nos braços traiçoeiros da morte.
Eu vejo a harmonia calvagando na ilusão
enquanto a esperança daqueles que quer
sonha e tem pesadelo no leito da sua fé
vagando inseguro em seu frágil coração
almeja que o universo seja de quem quiser.
Não nascemos donos de coisa alguma
mas a ganância existe para sempre ser
pobre mas, na miséria não vai morrer,
o ganho dos miseráveis é conto de fada
na dimensão prometida dessas falas faladas
que se planta na vida para tentar entender.
Veja a esperança andando de braços dados
em companhia da fé no dia, dia lado a lado
degustando sempre o sabor da compaixão
torna-se via paralela do viver de bocado
juntas viajando na mesma embarcação.
Antonio Montes