Instante
E o som é o bocejo dado involuntariamente
Pelo tempo passando, modorrento, sedento
Das palavras suas, que adormecem a mente
Tomam conta desse meu tonto pensamento
O som é o alarme da casa do vizinho ao lado
Que viajou, e o esqueceu, disparando à toa
Chateando ouvidos sensíveis, mais apurados
Enquanto, continua, sabe-se onde, numa boa
O som agora é de falas infantis, e dos pardais
Dos carros, dos passos das pessoas passeando
Dos estalar dos dedos, que digitam as vogais
Consoantes, frases que o vento vai levando...