Confissões Passageiras
Observo curioso
os passageiros
às janelas,
abertas
(ou não)
contemplando
a rua comprida
e enfeitada
pelo neon
gasto
dos bares
de quinta
à segundas
inteiras,
esperando,
quem sabe,
o convite
ao abraço
de braços
mais corajosos
e firmes,
que os arranque
intactos
de suas amenidades
contemplativas.
Tirem-lhes
às vidraças
baças
deste transporte
medíocre
e circundante,
pois já
não move
ou comove
o corpo
do humano
posto
à teu lado.