Obs.: Queridos amigos, este poema é só uma reflexão momentânea. Nada pessoal ou dirigida a quem quer que seja. Há momentos em que leio algo ou vejo uma determinada foto ou vídeo e as palavras ou imagens ficam incomodando. Não basta falar sozinha, tenho que escrever para me livrar do incômodo.
CANSAÇO
Por Sandra Fayad
Sinto cansaço
dos que se penduram no meu cangote
sem que eu lhes dê permissão,
dos que querem me vender facilidades
pra facilitar sua própria situação.
Sinto cansaço
dos que se acham os melhores do mundo
sem oferecer graça alguma,
dos que suspiram pelo que perderam
o que nunca tiveram ou terão.
Sinto cansaço
dos que afirmam que nasci "pra lua"
e pensam que não preciso de nada,
dos que me amam via palavras vãs
como se eu fosse alienada.
Sinto cansaço
dos que me beijam como "Judas Iscariotes"
e me apunhalam até pela frente,
dos que riem da minha desgraça
arrotando que sou boa gente.
Sinto cansaço
dos que só coerência possuem
ao redor dos seus umbigos,
que tem milhões de conhecidos
mas conta nos dedos alguns amigos.
Sinto cansaço
dos que gritam chavões sem respaldo
depois de comerem a gema do ovo,
e - ociosos - protestam em grupinhos
que não representam o povo.
Sinto cansaço
por ser socialmente correta,
por ser politicamente correta,
se o que eu quero é só ser normal
mesmo que eu lhe pareça anormal.
Sei que não vou mudar você,
mas leia, ouça, olhe. Analise!
Se preferir mude (ou não mude) de rumo,
Quanto a mim, prefiro seguir
a linha traçada pelo meu prumo.
Bsb, 07/09/2016
Respeite os direitos autorais. Ao citar informe a autoria e a data da publicação. Peça autorização à autora para copiar.
Visite meu site: www.sandrafayad.prosaeverso.net
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