ÚNICA FORMA

Como fosse um prelúdio em violão de cordas de aço

rubra-me o espírito o som de tua voz solta no espaço

a cobrir-me de doce harmonia

luzir-me como estrela luzidia

no cosmo em mar de vasta calma

de luzes coloridas minha louca alma...

Como fosse o tédio despencando suavemente do alto

e se tornando um violino espalhando sua voz de contralto

a ferir-me de suave modo eólio em lá

a deter minha angústia escrita em fá

no infinito que grita células de fogo

refaço os passos nesse vasto jogo...

Como fosse eu um ente recheado de ontens celebrados

em ceia de elfos e gnomos pulso meus sonhos sonhados

enquanto ando sobre nuvens de quandos

retirando asas de borboletas de escafandros

na única forma de viver este sagrado tempo

onde o amor é o pomo do meu único sustento...