O POETA VÊ AS COISAS!
O POETA VÊ AS COISAS
E DECODIFICA COM AS MÃOS
AO OLHAR OS LIVRES PÁSSAROS
VÊ ALAS DA IMAGINAÇÃO
ENXERGA AS FLORES CONVERTIDAS
EM BORBOLETAS E QUERUBINS
OBSERVANDO AS CRIANÇAS
VÊ O AMOR EM CORES SEM FIM
O POETA VÊ AS COISAS!
POR UMA ÓTICA DIFERENTE
NAS LÁGRIMAS QUE DESLIZAM NO ROSTO
VÊ OLHO D'ÁGUA, TEMPESTADES E NASCENTES
O SORRISO É UM BRILHO DE UMA LINDA LUZ
QUE OXIGENA O SANGUE DA GENTE
O POETA VÊ AS COISAS!
A DOR É UMA NOITE SEM LUAR
ONDE ÀS VEZES SURGEM VAGA-LUMES
QUE PARECEM SEMENTES VERDES NO AR
E FLORESCEM EM PAZ NA POESIA
SOB A FORÇA ENERGÉTICA DO LAMPEJAR;
MAS ELE VISUALIZA TAMBÉM
O VÉU ROSA DO ALVORECER
ACREDITA, RESOLVE-SE E RENASCE
E COMEÇA A ESCREVER
UM POUCO DE TUDO E DE SI MESMO
NA SUA PERCEPÇÃO E CONCEPÇÃO DO VIVER
O POETA VÊ AS COISAS
NO MEIO DO POVO OU NO DESERTO
E DESVENDA O MUNDO POR INTEIRO
TOCANDO, ADENTRANDO O UNIVERSO
VENDO E ALCANÇANDO AS ESTRELAS
QUE SÃO PRISMAS ESPELHADOS EM SUA ALMA
EM OUTRA DIMENSÃO DO SENTIMENTO
NO JEITO ÚNICO DE SER POETA
E COLHE NUM INDETERMINADO TEMPO
O CERNE DAS COISAS QUE POR SI SÓ FALA