POR ACASO

Descobri por um acaso

Que loucura não era o que pensava

Ela sempre esteve comigo

Mas perto do que imaginava

Mas descobri tarde

Depois que tive filhos

Quando notei neles

Um reflexo já vivido

Choro, sem ter o porquê

Muita reclamação

Estresses do cotidiano

Que não chamam minha atenção

Mas estive analizando

Também agi assim

Coitada de minha mãe

Que tanto cuidou de mim

Queria voltar ao passado

Trocar minhas palavras

Ajuda-lá um pouco mais

Até limpar a casa

Mas esse quadro já foi pintado

E não se tem o que fazer

Hoje vivo num hospício

Procurando não enlouquecer

PRISCILA AFONSO
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 30/06/2016
Reeditado em 01/07/2016
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