CORAÇÃO COLETIVO

Sei lá quando o amor vai me atropelar e me fazer perder os sentidos,

sei lá quando vai abrir a janela do carro e se preocupar comigo;

só sei que espero ter fôlego quase que de ressuscitação

para entregar, de bom grado, meu desarmado coração...

Sei lá quando me tratarão como um cidadão incomumente comum,

sei lá quando me dirigirão a palavra sem apresentar problema algum;

sei que não tenho apólice contra estranhas aventuras governamentais,

sou um cidadão que paga os impostos e não tenho problemas mentais...

Sei lá se essa conversa de Paraíso depois da Terra

é só conversa fiada para depois que o boi berra;

só sei que o tempo passa por dentro da vida

e tem nos tratado como alimento, comida...