Poesia
Tenho em mim uma poesia
Da qual não entendo a mesma coisa duas vezes
Eu sou um estalar dedos
Num momento tão profunda
Noutro, já fui
Quem me dera hoje perder os
Preconceitos de mim mesma
Pois subo tão forte nas inclinações
E me jogo tão sólida
Me jogo
Na aurora, no crepúsculo e no que der.
Algumas vezes
Só algumas vezes
Me deixo livre
Pra escrever pensamentos sem pensar
Em professor, o meu amor
Sem pensar em vírgulas e acentos
Aqui sei que a coerência é a vida quem faz
E, de certo amanhã me arrependerei
Mas hoje me deixo aqui
Com a alma do tamanho do mundo
E como o mundo...
Como campos floridos, florestas cheia de espinhos e cobras
Sou assim
Ainda que eu pense em falar de mim
Do egoísmo da minha vida
Um respirar é um mundo de tragédia e alegria.