Eu desmaio à saudade
Vejo imóvel se movendo
Em nuvens de arco íris
Vidros temperados entortando
Num soar dos sinos em crises
E os meus amparos escorados
Nas torres de papel cetim
Tão belos e firmados
Como os pássaros fanhos no jardim
Minha vida não senti mais dores
Meu coração outrora congelado
Mente vazia em conflito e horrores
No presente admiro meus fatos
Manhã cinzenta em fim de maio
Carrego o indizível em meus anseios
Transcrito em meio a esse desmaio
Minha saudade por quem vivo todos os meios