CONSEQUENCIA

CONSEQÜÊNCIA

Por conta do orvalho e da seiva, que brotam nos seres para as vidas,

Os botões desabrocham em flores lindas e perfumadas

Às vezes chegam zonzas as operárias e dessazonadas

nas escaladas do dia-a-dia constroem favos de mel desinibidas.

Há seu tempo uma pequena galha de uma belíssima planta

Deixou em junho brotar de um lindo ramo, o seu quarto botão

E em fevereiro o fez desabrochá-lo com muita exatidão

Mas o peculiar orgulho desse botão ao lindo ramo não encanta.

Com a ironia e a filustria o quarto botão já desabrochou

Foi muito bem regado, desenvolveu e com cinismo cresceu

Desequilibrou-se do primeiro ramo que o nutriu e com ele rompeu.

E o velho vaso que se mantinha o lindo ramo que o fecundou,

Ao passar do tempo renovou-se com a fé e despedaçá-lo o botão tentou

Não o conseguiu, sem querer o tornou feliz, e se decepcionou.

Autor: Valdir Santiago

Santiago Poeta
Enviado por Santiago Poeta em 29/04/2016
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